Um exemplo de casal
(Beto Caratori)
Ninguém entendeu nada
Quando sem explicação
Rosa, em lua virada
Terminou a relação
Rosinha do Vidigal
Com Luiz da Abolição
Um exemplo de casal
Invejada união
Juntinhos por todo lado
Comprinhas lá no mercado
Na pracinha, o carteado
A patota, o Bar Papillon
Era deles o recanto
Toda a noite, dia santo
O chopinho, o mesmo canto
Sempre o fiel garçom
Testemunha ocular
Daquela forma de amar
Convidado a apadrinhar
O sonhado casamento
Do Luiz, que é militar
Com a Rosinha, flor do lar
Cujo núcleo familiar
Não lhe deu consentimento
Certo dia, a Rosinha
Estranho comportamento
Resolveu pôr fim de linha
No tal relacionamento
E depois, caiu no mundo
Ninguém sabe o porquê
Dizem que foi bem ao fundo
Do poço, sem merecer
Dizem que virou beata
Dizem que vive em puteiro
Dizem que é caricata
De circo, mãe de terreiro
Que do alto de um edifício
Quis perder sua razão
E a lembrança num hospício
Do Luiz da Abolição
Que agora vai sozinho
Noite fria, dia bom
Mesmo canto e o chopinho
Ao velho Bar Papillon
Eis, porém, boca calada
Ninguém nada entendeu
Quando viram, madrugada
De um taxi ele desceu
Em meio aos jornaleiros
Sob as luzes de um neon
Num hotel de cavalheiros
Ele entrar com o garçom.
Ninguém entendeu nada
Quando sem explicação
Rosa, em lua virada
Terminou a relação
Rosinha do Vidigal
Com Luiz da Abolição
Um exemplo de casal
Invejada união
Juntinhos por todo lado
Comprinhas lá no mercado
Na pracinha, o carteado
A patota, o Bar Papillon
Era deles o recanto
Toda a noite, dia santo
O chopinho, o mesmo canto
Sempre o fiel garçom
Testemunha ocular
Daquela forma de amar
Convidado a apadrinhar
O sonhado casamento
Do Luiz, que é militar
Com a Rosinha, flor do lar
Cujo núcleo familiar
Não lhe deu consentimento
Certo dia, a Rosinha
Estranho comportamento
Resolveu pôr fim de linha
No tal relacionamento
E depois, caiu no mundo
Ninguém sabe o porquê
Dizem que foi bem ao fundo
Do poço, sem merecer
Dizem que virou beata
Dizem que vive em puteiro
Dizem que é caricata
De circo, mãe de terreiro
Que do alto de um edifício
Quis perder sua razão
E a lembrança num hospício
Do Luiz da Abolição
Que agora vai sozinho
Noite fria, dia bom
Mesmo canto e o chopinho
Ao velho Bar Papillon
Eis, porém, boca calada
Ninguém nada entendeu
Quando viram, madrugada
De um taxi ele desceu
Em meio aos jornaleiros
Sob as luzes de um neon
Num hotel de cavalheiros
Ele entrar com o garçom.
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