O gambá e a careca do papai
Ainda na temática sobre bichos. Outro dia, passeando pelo Forte do Leme, um grupo de cinco a seis micos vieram quase na minha mão, interessados em algo que eu pudesse lhes dar para comer. O hábito de alguns turistas em oferecer coisas os viciou. Mas esses bichinhos são umas graças mesmo, não? Em Santa Teresa, via muitos passeando pelos fios do bonde e eu ficava apreensivo. Alguns morriam eletrocutados. Muito triste quando isto acontecia. Durante o tempo em que tive casa alugada em Lumiar, recebia visita de micos. Dava-lhes bananas e pedacinhos de pão pela janela. Pela manhã, como a casa não tinha forro e as paredes eram curtas, rolinhas invadiam meu espaço e sobrevoavam todos os cômodos. Durante o dia, em meus banhos no rio que corria nos fundos, eu costumava deitar-me numa pedra plana. Ali morava um lagartinho que acabou se acostumando comigo. Ficava parado, quieto ao meu lado. Meu companheiro na preguiça. Só não gostava quando cobras apareciam. Entrava em pânico. Numa noite, b