Literalmente na lama
Domingo de sol, eu com minha família no Governador Iate Clube na Ilha onde possuíamos uma lancha para nossos passeios de finais de semana. Meus pais haviam marcado com um casal um almoço de negócios lá. Minha avó paterna foi também, porque ficaria encarregada de tomar conta da gente enquanto o encontro acontecia. Meu pai combinou: “Mamãe. Só me apareça com as crianças no restaurante quando der meio-dia.” Meus pais sumiram pelo interior do clube. Eu com minha irmã, meu irmão ainda bem pequeno e minha avó ficamos de cá pra lá, de lá pra cá, tentando achar o que fazer, passando hora. Nós, acostumados apenas com roupas de banho e chinelos, para fazermos bonito junto ao casal ilustre, pela primeira vez circulávamos naquele lugar embecados com bermudas novas, camisas e sapatos com meias. Minha avó, uma senhora humilde que não se importava com etiquetas, usava um vestido de florzinhas azuis bem simples, o melhor que ela tinha. Mas se sacrificava com sapatos que lhe apertavam os pés