Perigo real e iminente em show beneficente
Estava eu no sítio com meus pais, quando o compositor Homero Ferreira me ligou convidando para participarmos de uma grande festa no Clube Vitória, no Lins, um show beneficente para deficientes visuais. Não seríamos os únicos, porque também iriam outros artistas. “Quando é?” “Hoje. Daqui a pouco.” “Puxa... Terei que voltar ao Rio, ir até em casa e colocar uma roupa mais adequada.” “Mas não há tempo.” De fato, não daria mesmo. Eu estava com uma calça comprida jeans surrada e uma camisa um pouco manchada e com furinhos do muito tempo de uso. Pensei com meus pobres botões: “Um show pra cegos... Ninguém vai reparar na minha roupa.” Decidi ir daquele jeito. Chegamos ao Clube Vitória com meia hora de vantagem. O show estava previsto para começar às nove. Conosco, um violonista de nome Fernando. Entramos. Logo o presidente do clube veio nos receber com muita alegria e nos conduziu até o ginásio, local onde aconteceria tudo. Olhei ao redor. Estava cheio, arquibancada