O fusquinha do capeta
Foi uma noitada inesquecível. Eu com três amigas, espremidos num fusquinha marrom velho, todo carcomido pela ferrugem. O motorista, um conhecido delas, cabeludo com cara de doidão, virava insistentemente a chave, mas o carro não dava sinais de querer pegar. Até que, finalmente, ele despertou. E saímos sacudindo, ziguezagueando pela estrada, nos levando a uma festa num condomínio fora da cidade de Viçosa. A balada acontecia numa casa enorme e se estendia para mais duas vizinhas. Luzes coloridas, som alto comandado por um DJ, muita gente, muita doideira. Bebi todas e dancei muito, já no clima da mineirada. Horas depois, eu me dei conta do sumiço das minhas amigas. Sai à procura até encontrá-las em pontos separados completamente distanciadas da luz, bêbadas, em estado total de desgraça. A festa acabara para elas. Achei por bem levá-las, uma a uma para dentro do fusquinha. Próximo passo seria encontrar o seu motorista, o cabeludão. Procurei por toda a parte, me enfiei em cantos esquisitos