Língua travada
Eu e minhas atrapalhações com nomes. Faz um tempinho, fui convidado a gravar jingle para Carlos Artexes, candidato na época a um cargo de diretoria na CEFET. Quando me apresentaram a música, senti um estranhamento e me pus a analisar a letra. Achei que não se encaixava direito com a melodia, questionei as rimas e me bateu vontade louca de mudar palavras, mas não poderia fazê-lo. E senti uma dificuldade para dizer “Vote no Artexes”. Se ao menos tivesse uma sílaba a mais... Para dar certo, eu teria que dar uma respiradinha e mandar ver. Essa foi a minha problemática. Avisei que já estava pronto para gravar. Ouvi a introdução. Era uma marchinha. E eu sai cantando todo animado, todo festeiro. Porém, no embalo, não pausei e mandei um... “Artaxerxes”. Luciano Badá que operava a mesa não percebeu. Os outros presentes, Murilo, Johnson, não notaram. Só se deram conta quando voltei ao refrão para cantar com alegria: “Vote no Artaxerxes, vote no Artaxerxes.” Badá interrompeu a gravação