Casos de vestidos
Foi numa tarde de sábado no Marcô de Santa Teresa que conheci Sonia B recusando o oferecimento de Leila, a vendedora das famosas camisetas do bondinho. Sentei-me ao seu lado, ela sorriu, encheu meu copo de cerveja e disse: - Não sou de usar essas coisas. Tenho meu estilo. Faço a minha própria moda. Ficamos camaradas e passamos a nos ver com frequência naquela roda de choro comandada pelo Trio Perigoso, cuja formação era Patrick Angello no violão de sete cordas, Domingos Oliveira no cavaco, Guilherme Dizzy no pandeiro e participação de Dudu Oliveira na flauta. Um bom tempo depois, eu estava com Sonia B num brechó de Copacabana a fuçar roupas usadas. Meu interesse era mais de encontrar algum chapéu antigo, estiloso, algo diferente, mas, para homem, não havia quase nada ali. Só umas boinas sem graça e desbotados bonés de marca. No mais, acessórios femininos, bijuterias bregas, óculos horrorosos, bolsas, sapatos e pobres vestidinhos de alcinha. Foi num daqueles que me livr