O coqueiro maldito
Sexta-feira, 12 de outubro de 1990. Eu, o amigo Maurício, a irmã dele Aurora e meu irmão Italo dentro do fusca azul viajando para mais um final de semana como outro qualquer na nossa casa de praia num condomínio em São Pedro d’Aldeia. Jamais poderia imaginar a tremenda encrenca em que nos meteríamos. A noite foi normal, tranquila. Deixamos as bagagens na casa, nos fartamos com as pizzas do restaurante Vovó Chica em Araruama, e nos enchemos de chá para digeri-las antes do sono. “Caramba... A gente só faz comer.” Dias antes, eu encarara um churrasco com piscina pelo aniversário do meu pai. Nossa casa no condomínio Moinhos d’Aldeia era ampla com sala grande, boa cozinha, três quartos e varandão. Fora isso, meu pai construíra um anexo com uma suíte, sauna, garagem coberta e churrasqueira. Quando amanheceu o dia é que pude verificar a última novidade da casa: descansando sobre um cavalete, uma lancha tinindo de nova, branca, estofamentos confortáveis e branquinhos, um painel