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Minhas avós

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Minhas avós Nadina e Anita Eu com minhas avós Nadina e Anita           Não conheci meu avô paterno. Faleceu antes do meu nascimento, antes mesmo do casamento dos meus pais. Chamava-se Duílio Caratori, era tintureiro, austero, calado, vivia para o trabalho. Mas dizem que teria sido um bom avô. Já o outro, pai de minha mãe, nunca demonstrou ter tal vocação. Eu e meus irmãos convivemos muito pouco com ele, que morava distante da gente em uma chácara escura cheia de plantas e cachorros em Jacarepaguá. Nos raros encontros de Natal ou visitas, sempre pairava uma frieza, um constrangimento. A falta de afinidade e o desinteresse eram bem visíveis, principalmente no ato da entrega de presentes. Ele sempre errava nossos nomes. Eugenio era funcionário da rede ferroviária, compositor, compôs algumas músicas românticas, circulava com artistas, era amigo do Lamartine Babo, da Carmem Miranda, do Ary e de tanta gente. Mas era um desconhecido para nós. Suas vindas eram breves. Logo e