Vento, ventania, trovoadas, fogos de artifício
Finalmente a chuva começou lá fora, porque o calor está de matar. Trovões já anunciavam que ela viria. Antes, os telejornais também. Não gosto de trovões. Não gosto. Também não suporto vento. Detesto ventania. Gosto de brisa. Não de vento forte. Se chego numa praia e está ventando, abro os braços e digo: “Maravilha!!!!” Cinco minutos de encantamento. No sexto minuto: “Que saco!” E a areia levantando. Vontade de mandar ladrilhar tudo. Ouvindo os estrondos, não tenho como não lembrar Milla, minha cockerzinha amada que me deixou ano passado. Em dias de trovoadas e ventos fortes, ficávamos os dois aflitos. A gatinha Milu jamais demonstrou qualquer reação. Se Milla ainda vivesse, estaria nesse instante latindo e correndo pela sala nervosa. Em certos momentos pararia na minha frente, me olharia como quem diz: “Não vai fazer nada?” E pediria colo. Como de hábito, eu a pegaria, daria meus beijos e diria para nos consolar: “Calminha. Vai passar, meu anjo.” E