Cinzenta Janela

(Beto Caratori – Patrick Angello)
Se é bonito se ver a neblina do Arpoador
Ver as ondas que batem, a chuva que cai,
Fim da estiagem e calor
Não sei, é,
Talvez, bobagem de casais.
Ver o Rio escurecer
Em noites tão banais.
Por trás dessa janela os vejo atravessar.
Brilhante passarela e eu fico a imaginar.
Que é perigoso demais
Deixar-me assim tão carente, sem cor.
Dois andares acima, dez metros do chão,
Milhas além, meu amor,
Nem sei mais
Onde andará o avião
Ponte-aérea num vai e vem
Etérea solidão.
Amsterdã, Berlim, Moscou, Tóquio, Dacar,
Paris, Roma, Pequim, Madri, Madagascar.
Mas sei...
Que amanhã o cinza, enfim, se apagará.
E da janela o azul vibrante,
O sol a iluminar o instante
Da porta se abrindo
Trazendo turbulência
A um coração que é chama
Refém desse desejo.
Bem-vinda, aeromoça linda,
Finda a sua ausência,
Mas chega de saudade
Vem cá, me dá um beijo.
intermezzo
Sol, calor ou frio,
Claridade, escuridão.
Gosto do meu Rio
Com ela e o violão.
Tanto faz se é chuva,
Vento ou um céu de insolação
Rio ou São Paulo
Com ela e o violão.
Se é bonito se ver a neblina do Arpoador
Ver as ondas que batem, a chuva que cai,
Fim da estiagem e calor
Não sei, é,
Talvez, bobagem de casais.
Ver o Rio escurecer
Em noites tão banais.
Por trás dessa janela os vejo atravessar.
Brilhante passarela e eu fico a imaginar.
Que é perigoso demais
Deixar-me assim tão carente, sem cor.
Dois andares acima, dez metros do chão,
Milhas além, meu amor,
Nem sei mais
Onde andará o avião
Ponte-aérea num vai e vem
Etérea solidão.
Amsterdã, Berlim, Moscou, Tóquio, Dacar,
Paris, Roma, Pequim, Madri, Madagascar.
Mas sei...
Que amanhã o cinza, enfim, se apagará.
E da janela o azul vibrante,
O sol a iluminar o instante
Da porta se abrindo
Trazendo turbulência
A um coração que é chama
Refém desse desejo.
Bem-vinda, aeromoça linda,
Finda a sua ausência,
Mas chega de saudade
Vem cá, me dá um beijo.
intermezzo
Sol, calor ou frio,
Claridade, escuridão.
Gosto do meu Rio
Com ela e o violão.
Tanto faz se é chuva,
Vento ou um céu de insolação
Rio ou São Paulo
Com ela e o violão.
Comentários